Pesquisa: usuários do SUS apontam que saúde de Campo Grande é melhor do que a do interior do Estado

Após acompanhar nas mídias, redes sociais e até nos pronunciamentos dos vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande, o Instituto Ranking Brasil Inteligência mapeou a realidade atual do sistema de saúde pública da Capital pela visão do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS). A pesquisa foi encomendada pelo site Diário MS News.

Pelo levantamento, 94% dos entrevistados declararam utilizar o SUS e isso demonstra que se trata de um sistema confiável de atendimento médico e hospitalar. Ainda conforme a pesquisa, a maioria, ou seja, 48,25% dos entrevistados, revelou que utiliza a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), sendo que 35,50% usa a UBS (Unidade Básica de Saúde) e outros locais de atendimento como: Santa Casa, Hospital do Câncer e Hospital São Julião.

Atualmente, cerca de 1.600.000 (um milhão e seiscentos mil) ) pessoas tem a carteirinha do SUS em Campo Grande, como se fossem moradores daqui. A população da Capital é de 942.140 habitantes (IBGE/2022), ou seja, o município de Campo Grande está “bancando” a saúde de mais 600.000 pessoas do interior de Mato Grosso do Sul e até de outros Estados como Mato Grosso, Rondônia e Acre.

No levantamento, os pesquisadores encontraram em UPAs da Capital, pacientes vindos do Paraguai e até da Bolívia. Geralmente esses pacientes tem parentes em Campo Grande e utilizam seus endereços para tirar carteirinhas do SUS como fossem moradores daqui. É uma falha no sistema do Ministério da Saúde, que não deveria aceitar cadastros de pessoas que já utilizam os serviços do SUS.

Em razão disso, o Instituto Ranking Brasil Inteligência fez o seguinte questionamento: Na sua opinião, a saúde pública de Campo Grande é melhor ou pior que a do interior do Estado? Para 67% dos entrevistados, a saúde pública da Capital é melhor que a do interior, enquanto para 12,5% é pior, para 11% é igual e para 9,5% não sabe ou não respondeu. Esse mesmo público ouvido pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência também revelou que a saúde pública de Campo Grande é boa e ótima para 34,5%, regular para 45,25%, ruim ou péssima para 18% e 2,25% não sabe ou não respondeu.

Ainda nessa mesma temática, o Instituto perguntou se os entrevistados tinham ajudado algum parente ou amigo do interior do Estado a se tratar pelo SUS na Capital e 52,75% disseram que sim, 45% falaram não e 2,25% não responderam. Para quem respondeu afirmativamente, 50% disse que deu certo o tratamento de saúde para o amigo ou parente do interior, 42% falou que não deu certo e 8% não respondeu.

Medicação

Nessa mesma linha de questionamentos, os pesquisadores perguntaram aos 1.200 entrevistados se eles retiram remédios nas unidades de saúde pública de Campo Grande e 80,25% disseram sim, 12% falaram não e 7,75% não responderam. Ou seja, moradores do interior de Mato Grosso do Sul, de outros Estados e também da Bolívia e do Paraguai estão retirando medicamentos da Capital que seriam para os moradores locais.

Com relação à estrutura predial das unidades de saúde de Campo Grande, 32,5% dos entrevistados responderam que é boa ou ótima, 37% disseram que é regular, 28% falaram que é ruim ou péssima e 2,5% não sabem ou não responderam. Já a parte de limpeza foi considerada boa ou ótima para 41,5%, regular para 36,75%, ruim ou péssima para 18,25% e não respondeu ou não sabem para 3,5%.

Para mapear a realidade atual do sistema de saúde pública de Campo Grande pela visão do usuário, o Instituto Ranking Brasil Inteligência aplicou 1.200 questionários no município, entre os dias 13 e 17 de março deste ano. Para um intervalo de confiança de 95%, a margem de erro máxima estimada foi de 2,75%, para mais ou para menos.

Veja a pesquisa completa em PDF:

www.rankingpesquisa.com.br

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