Os problemas se repetem em Campo Grande MS

A pesquisa chama atenção para os problemas do transporte coletivo que é composto por ônibus velhos, lentos, lotados de passageiros, tarifas caras e com horários irregulares..

Reprodução/Internet

O olhar dos campo-grandenses para a gestão da cidade foi aferido pelo Instituto Ranking Brasil, em sua mais recente pesquisa. Campo Grande vivencia diariamente vários problemas estruturais, afirma o cientista político Antônio Ueno, coordenador do levantamento de dados realizada na Capital.

No próximo mês, dezembro de 2021, o prefeito Marquinhos Trad irá completar 5 anos à frente da administração municipal. Os problemas de Campo Grande continuam se repetindo. “Tempos atrás, era normal colocar a culpa no prefeito anterior, a culpa era do Bernal, mas agora não dá mais, são quase 5 anos que o atual prefeito é o mandatário do executivo de Capital, salientou Antonio Ueno.”  

Os cinco principais pontos negativos são, de acordo com a população: os problemas repetidos da saúde (27,42%); os elevados impostos e taxas (24,08%); o transporte coletivo (20%); bairros sujos, buraqueira, alagamentos e favelas (15,50%); a incapacidade administrativa e a falta de gestão (13,00%).

Os resultados também se refletem na percepção dos eleitores quanto ao atendimento nas repartições públicas. 50% consideram o atendimento ruim e péssimo, 25,50% regular, 20% bom e ótimo e 4,50% não responderam ou não souberam responder.

Os campo-grandenses reprovam o serviço de transporte coletivo, 80,00% o definem como ruim ou péssimo e 8,25% como regular, e apenas 4,50% dos dos entrevistados o consideram como bom, não responderam ou não sabem 7,25%.

O valor do IPTU é considerado muito caro para 85% dos entrevistados, somente 10,33% acredita que o valor está correto. Outros 4,67% não responderam e não souberam responder.

Outros problemas como aumento das favelas (9,33%), volta dos buracos nas ruas (8,42%), falta de gestão de pública (6,50%), melhoria a mobilidade urbana e o trânsito (6%), e falta de Emeis (5,25%) foram citados como os maiores problemas da capital para 10% e 5% da população entrevistada.

Os serviços essenciais como o fornecimento de água, esgoto e energia são considerados caros e insatisfatórios para grande parte dos campo-grandenses. De acordo de acordo com pesquisa realizada os preços dos serviços não condizem com o que é prestados já que 82,75% dos entrevistados acham o valor da conta de água e esgoto muito cara, 12,25% acredita estar correto e 5% não responderam e não souberam responder.

Os valores cobrados pela energia também não agradam os campo-grandenses. 87,42% disseram que o valor é muito caro, 6,75% acreditam estar correto e 5,83% não responderam ou não souberam responder.

Segundo Antônio Ueno, os problemas se repetem e causam impactos sociais, econômicos, políticos e culturais, sem precedentes. “Não se fala em solução para a saúde, por exemplo, cujos problemas começam depois que a pessoa sai do posto de saúde com um pedido de exame complementar ou encaminhamento para uma consulta com especialista. A fila é enorme, a velocidade do atendimento é menor do que as novas demandas”, observou o cientista.

A pesquisa chama atenção também para os problemas do transporte coletivo que é composto por ônibus velhos, lentos, lotados de passageiros, tarifas caras e com horários irregulares. “A mudança dessa realidade no transporte traria benefícios para todos os usuários do transporte. Segundo o levantamento além da dificuldade na locomoção, os campo-grandenses enfrentam problema na precariedade de higiene básica nos terminais. Projeto de melhoria não avançam, a AGEREG (Agência de Regulação dos Serviços Públicos de Campo Grande) é lenta em tomar decisões, e os usuários só querem ônibus de qualidade para ir ao trabalho ou curtir momentos de lazer”, concluiu Ueno.

Instituto Ranking Brasil entrevistou presencialmente e por telefone 1.200 pessoas a partir dos 16 anos, de 03 a 06 de novembro, em todas as regiões urbanas e distritos de Campo Grande. A pesquisa adota um intervalo de confiança de 95% e margem de erro máxima estimada de 2.75%, para mais ou para menos.

Veja a pesquisa completa no link:

http://www.rankingpesquisa.com.br

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