Lula e Bolsonaro estão empatados tecnicamente na preferência dos paulistas

No Estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral brasileiro, com 31,3 milhões de votantes, o que representa 22% do eleitorado nacional, se as eleições presidenciais fossem hoje, dois candidatos estariam polarizando a preferência: Jair Bolsonaro (sem partido) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Este é o desenho do levantamento realizado pelo Instituto Ranking Brasil, que simulou diferentes cenários para a disputa e em todos eles foram registrados pequena diferença a favor de Bolsonaro, mas dentro da margem de erro.

Espontânea

No primeiro cenário, com as pessoas entrevistadas citando de forma espontânea suas preferências, Bolsonaro tem 19,20% e Lula 17,30%.  Sem ameaçar os líderes, vêm a seguir o jornalista José Luiz Datena (3,20%), o ex-deputado Ciro Gomes (2,90%), o governador João Dória (2,60%), o ex-ministro Henrique Mandetta (1,05%).

Com menos de 1% aparecem: o ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro (0,80%); o empresário João Amoedo (0,70%); o ativista social Guilherme Boulos (0,65%), e o ex-presidente Michel Temer (0,50%). A soma dos outros citados é 1% e votos em branco ou nulos, indecisos, não sabem ou não responderam 50,10%.

Estimulada

Num cenário de consulta estimulada, Bolsonaro (29,50%) e Lula (27,25%) continuam empatados tecnicamente e muito à frente de Datena (7,10%), Ciro (3,80%), Dória (3,20%), Mandetta (2,35%), Amoedo (2,00%), Moro (1,65%), Boulos (1,40%), Temer (1,20%) e Marina Silva (0,50%). Não souberam, não responderam, estão indecisos, votam em branco ou nulo 20,05%.

Terceira via

Mesmo em simulações com uma terceira candidatura de opção a Bolsonaro e Lula, o quadro de polarização não se altera. Se Datena fosse a terceira via, sua pontuação (10,35%) não ameaçaria a liderança do atual preidente (35,20%) e nem o segundo lugar do petista (33,10%), restando 21,35% com os indecisos, os que votam em branco ou anulam o voto, os que não sabem ou não responderam. Na estimulada, em confronto direto, Bolsonaro e Lula teriam, respectivamente, 42,55% e 40,35%. Os indecisos, brancos, nulos e os que não sabem ou não responderam somam 17,10%.

Até na consulta sobre rejeição a diferença fica próxima do empate técnico: Lula, o mais rejeitado, tem 24,10%, e Bolsonaro, o segundo, 20,30%. Nesse quesito o de menor rejeição é João Amoedo, com 1,65%. Não sabem ou não responderam, indecisos, votos em branco ou nulos são 22,90%.

Metodologia

O Instituto Ranking Brasil fez duas mil entrevistas entre os dias 20 e 23 deste mês em 90 municípios do Estado de São Paulo em todas as regiões: Araçatuba (1.60%), Araraquara (1.90%), Assis (1.20%), Bauru (3.40%), Campinas (9%), Itapetininga (1.90%), Litoral Sul Paulista (1.10%), Marília (1%), Piracicaba (3.30), Presidente Prudente (1.90%), São José do Rio Preto (3.90%), Vale do Paraíba Paulista (5.30%), Ribeirão Preto (5.30%), Metropolitana Paulista (6.50%), Metropolitana de São Paulo 1 (25.30%), Metropolitana de São Paulo 2 (27.40%).

Pesquisa do tipo quantitativo em entrevistas por telefone, sistema CATI (Computer Assisted Telephone Interviewing). A amostragem considera um intervalo de confiança de 95%, com 2,5% na margem de erro, para mais ou para menos.

Veja a pesquisa completa:        

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