Instituto Ranking faz um “mapa” detalhado sobre as potencialidades de Mato Grosso do Sul

O estudo também detalha as possibilidades e oportunidades que a implantação da Rota Bioceânica irá criar para o Estado

Reprodução

O Instituto Ranking Brasil, uma empresa sediada em Campo Grande (MS) e que disponibiliza soluções em serviços de pesquisas de uma forma completa e inovadora desde 2002, elaborou um verdadeiro “mapa” detalhado sobre as potencialidades socioeconômicas de Mato Grosso do Sul. Trata-se do “Mato Grosso do Sul – Coração da América do Sul”, que traz desde informações geopolíticas até dados a respeito das principais matrizes econômicas do Estado.

Segundo o cientista político Antônio José Ueno, diretor-presidente do Grupo Ranking de Comunicação, o levantamento é um verdadeiro guia sobre Mato Grosso do Sul, disponibilizando informações úteis para quem tem interesse em investir no Estado. “O Instituto Ranking Brasil tem uma vasta experiência em planejamento, execução e análise de pesquisas quantitativas e qualitativas. Atuamos na realização de estudos estratégicos para partidos políticos, candidatos a cargos dos poderes Executivo e Legislativo, órgãos da administração pública e entidades de classe, sindicatos e associações”, ressaltou Ueno.

Ele acrescenta que, pensando nas possibilidades e oportunidades que a implantação da Rota Bioceânica irá criar para os países envolvidos, em especial para o Estado, esse estudo busca mostrar as reais possibilidades de desenvolvimento e transformação com a criação de novas demandas, emprego e renda.

“Todo o planejamento para esta implantação conta com a melhoria da infraestrutura, logística, avanços tecnológicos, digitais e os novos fluxos econômicos. A vida do sul-mato-grossense será impactada de forma positiva. O Estado será um corredor econômico que ligará o Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Costa Oeste dos Estados Unidos, sudeste Asiático e Oceania”, ressaltou o cientista político.

O estudo

O guia socioeconômico, por exemplo, traz que Mato Grosso do Sul conta com uma população de mais de 2.840.000 de habitantes e é o 21º Estado mais populoso do Brasil, tendo como principais municípios Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Corumbá e Ponta Porã.

A cidade de Campo Grande é a capital e carrega a responsabilidade de ser o centroadministrativo, político, cultural, econômico e logístico. Além disso, é o principal centro demográfico, com população estimada de 31,77% do Estado, sendo o 3º maior e mais desenvolvido centro urbano da Região Centro-Oeste do Brasil.

O estudo revela ainda que Mato Grosso do Sul tem uma área de 357.124,96 km² e é favorecido por sua localização geográfica privilegiada no Brasil e na América do Sul. “É um ponto estratégico por fazer fronteira com Bolívia e Paraguai e com os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso e Goiás”, ressaltou o cientista político.

O Estado tem uma das maiores reservas de ferro e manganês do mundo, situada na cidade de Corumbá, além do mármore e do estanho. A agricultura, por sua vez, se destaca no cultivo da soja, carne, celulose e cana-de-açúcar. “Temos, ainda, a abundância hídrica proveniente do Aquífero Guarani”, acrescentou Antonio Ueno.

Rota Bioceânica

Para ele, a Rota Bioceânica pode contribuir para transformar o Estado em um polo industrial, aproveitando a matéria prima de vários setores e as oportunidades com a futura demanda, tanto na importação, quanto na exportação. “Seremos um grande centro de distribuição de mercadorias importadas”, projetou.

Considerado um Estado pouco industrializado e dependente do serviço público e do comércio, Mato Grosso do Sul está diante da melhor oportunidade de desenvolvimento dos seus quase 46 anos de história. Com todo o esforço em criar serviços logísticos modernos integrando os modais aéreo, rodoviário, ferroviário, hidroviário, o Estado será amplamente beneficiado com agilidade, segurança e custos menores na operação de transporte para importação e exportação.

Esse fato poderá abrir um leque de oportunidades com produtos importados previamente consumidos no país, como trigo, fertilizantes, carros, além da infinidade de componentes eletrônicos que chegarão ao Brasil com margem de competitividade. Campo Grande tem a oportunidade de se transformar em um polo de recebimento, beneficiamento e distribuição de matéria-prima e mercadorias, transformando-se numa base comercial ofensiva nas relações comerciais com outras cidades brasileiras.

Segundo o cientista político, o foco desse estudo visa unir vontade política e investimentos para colocar Campo Grande no centro do processo produtivo da América do Sul. “A Capital Morena se tornaria um centro de distribuição de produtos importados para o mercado nacional. Campo Grande, assim como outras cidades do Estado, contaria com o fortalecimento de sua base industrial podendo diversificar sua matriz produtiva”, pontuou.

Turismo

Na avaliação dele, o Estado deixaria de ser o destino final de produtos para se transformar em um grande polo de beneficiamento e distribuição, ampliando as atividades e agregando valor aos produtos recebidos e distribuídos. “Essa possibilidade, que está cada vez mais próxima, viabilizará novos investimentos e melhorias tecnológicas, além do desenvolvimento da economia com a criação de novos empregos e renda para o sul-mato-grossense”, analisou.

O Pantanal é uma “grife” pouco explorada e pode ser utilizada na divulgação do Estado na busca de novos investimentos. O potencial turístico de Mato Grosso do Sul está amplamente atrelado a esse bioma. Faz-se necessário utilizar a força desta marca conquistada nacional e internacionalmente para tornar o Estado mais conhecido, não somente pelas questões turísticas, mas também por seu potencial socioeconômico.

“O aumento das relações comerciais dos países da América do Sul através das opções logísticas aumentaria, também, o fluxo de turistas no Estado, criando, assim, novas oportunidades de negócios para o turismo. Também conhecido como indústria verde, como a região do Pantanal, Bonito, Aquidauana, Coxim, Corumbá e Ponta Porã, além de agregar ainda mais valor às questões culturais já enraizadas em nossos costumes, principalmente as do país vizinho, Paraguai”, pontuou Antonio Ueno.

Mato Grosso do Sul tem a 2ª maior população indígena do país, motivo este que explica a forte influência indígena na cultura sul-mato-grossense. Mesmo com estas questões numéricas, territoriais e culturais, o Estado não soube, até o momento, capitalizar o potencial turístico sustentável do etnoturismo e ecoturismo através de visitação nos limites das terras indígenas, a exemplo do Amazonas, que oferece aos turistas visitas guiadas à aldeias indígenas, onde o visitante conhece os costumes, a cultura, o cotidiano, além de consumir produtos e serviços, como pintura corporal e artesanato.

No entendimento do cientista político, é preciso pensar a questão indígena como um todo. “Além do potencial turístico, é necessário gerar renda para a população indígena dentro dos limites de suas aldeias. É possível incentivar, por exemplo, a piscicultura, apicultura, o cultivo orgânico de produtos como manga, abacate, laranja e uva para consumo interno e futuramente utilizar a Rota Bioceânica para exportação desses cultivos que poderão alcançar os grandes mercados consumidores do planeta”, sugeriu.

Modernização tecnológica

Com todo investimento em serviços logísticos modernos, há a expectativa de modernização tecnológica e uso da Internet para monitoramento de cargas. Com isso surgirão novas possibilidades, não só de emprego e renda, mas também nas áreas de pesquisa e inovação. Campo Grande, que já apresenta números expressivos no turismo de eventos, poderia agregar à essa atividade a ideia de trabalhar com exposições permanentes dos produtos produzidos e beneficiados no Estado, acrescentado ao seu potencial turístico o comércio de nossos produtos e serviços.

Conforme Antonio Ueno, o objetivo seria atrair compradores e vendedores das nossas matérias-primas e principalmente do produto final. “Esse estudo busca alertar as iniciativas pública e privada sobre o grande potencial que o estado agregaria à sua economia, não só vendendo commodities, mas também beneficiando nossa matéria-prima, como a soja, a madeira de reflorestamento, o papel e a celulose, o ferro, o couro de boi, avestruz, peixe e jacaré de cativeiro, o milho, a carne bovina, suína, de frango e de peixe, bem como a cana-de-açúcar e o álcool”, detalhou.

Mato Grosso do Sul é rico em matéria-prima, tem capacidade de produção, espaço geográfico, clima favorável e futuramente contará com logística de transporte moderna, porém, existe um grande desafio no final desse processo: a venda dos produtos. “A ideia é criarmos aqui um grande centro de exposição permanente para que o mundo venha conhecer de perto as nossas riquezas. O Estado vive seu melhor momento para este novo desafio, tanto administrativa, como politicamente”, reforçou.

Para ele, será necessário aproveitar esta fase para angariar apoio da sociedade civil, da União, do Governo do Estado, das entidades organizadas e dos municípios para conquistar esta integração e obter sucesso diante deste novo mundo de novas oportunidades que se apresentam. “Seremos apenas um mero corredor de passagem dos produtos para a Rota Bioceânica ou trabalharemos ativamente para capitalizar e mudarmos o rumo da nossa história de forma positiva? O futuro que almejávamos se faz presente e está diante de nós. Vamos aproveitar as oportunidades ou perderemos o ‘timing’ da história?”, questionou.

Serviço – Para mais informações sobre o Instituto Ranking Brasil podem ser obtidas pelo site www.rankingpesquisa.com.br, pelos telefones (67) 9 9968-0055/67 9 9962-3334 e pelo e-mail: [email protected]

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