Em entrevista para a rádio Capital FM, Tony Ueno detalha pesquisa para a Prefeitura de Campo Grande

Reprodução

Ao participar nesta segunda-feira (05/02) do Programa Tribuna Livre, da Rádio Capital FM, o cientista político Antonio Ueno, diretor-presidente do Grupo Ranking, detalhou a 1ª pesquisa registrada realizada pelo Instituto Ranking Brasil Inteligência neste ano que traçou as preferências dos eleitores para a Prefeitura Municipal de Campo Grande nas eleições municipais de outubro.

Ele ressaltou que Campo Grande é uma das capitais brasileira que mais tem mulheres e, portanto, os pré-candidatos terão de apresentar propostas com mais políticas públicas para o sexo feminino. “Se a prefeita Adriane Lopes (PP) for reeleita ou tivermos outro vitorioso, ele ou ela precisarão ter um olhar diferenciado para essa realidade”, aconselhou.

Tony Ueno também informou que a pesquisa apontou que cresceu o número de pessoas idosas. “Então se a prefeita for continuar ou o próximo prefeito tem que investir muito em políticas públicas para as pessoas idosas aqui na nossa Capital”, reforçou, citando que Campo Grande também é uma das cidades que têm menos analfabetos e está vivendo o pleno emprego.

“Menos de 3% das pessoas na cidade estão desempregadas. Hoje você vai aos supermercados e às empresas, principalmente as prestadoras de serviços, como os postos de combustíveis, e há placas de vagas. Isso é uma alegria muito grande para nós, pois sabemos que o trabalhador precisa de renda para ajudar a movimentar a economia e conseguir sustentar a sua família”, pontuou.

O cientista político ainda revelou que o percentual de evangélicos e de sem religião cresceu na Capital. “Isso impacta diretamente nas eleições, pois a maioria desse contingente é da direita, da extrema direita ou centro-direita. Então, os candidatos nesses nichos eleitorais vão levar uma grande vantagem em relação aos outros candidatos”, analisou.

No caso do legislativo, o diretor do Grupo Ranking disse que essas igrejas evangélicas terão o poder de eleger vereadores. “A prefeita Adriane Lopes saiu de uma igreja evangélica e muitos vereadores também, portanto, a comunidade evangélica participa mais diretamente das eleições, principalmente das municipais”, revelou.

A respeito da direita em Campo Grande, Tony Ueno explicou que ela não está unida. “O PL está totalmente fragmentado, pois nós temos o Gordinho do Presidente (deputado federal Rodolfo Nogueira) de um lado, o Coronel David (deputado estadual) de outro e o próprio Marcos Pollon (deputado federal) distante de ambos, ou seja, é cada um navegando para um lado”, exemplificou.

O cientista político disse que a exceção é o PP da senadora Tereza Cristina. “Graças a ela, o PP está fechado com a prefeita Adriane Lopes e a senadora tem feito de tudo para viabilizar a campanha de reeleição da chefe do Executivo municipal. Então, a direita encabeçada pelo PP está unida e isso pode fazer com que o partido faça a maioria dos vereadores, tanto em Campo Grande, quanto nas cidades do interior do Estado”, projetou.

Sobre a avaliação da prefeita Adriane Lopes e do governador Eduardo Riedel (PSDB), o diretor do Grupo Ranking disse que ambos estão bem avaliados, assim como a Câmara Municipal da Capital. “No caso da Casa de Leis, o Carlão, o Silvio Pitu, o Professor Juary e o Professor Riverton estão muito bem”, assegurou.

Intenções de votos

Com relação à pesquisa registrada para a Prefeitura de Campo Grande, Tony Ueno disse que o ex-governador André Puccinelli (MDB) caiu um pouco em relação ao levantamento anterior, enquanto a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) vem crescendo. “Já a Adriane vem se consolidando cada vez mais porque vem fazendo um trabalho constante, visitando as comunidades e procurando resolver os problemas do município”, argumentou.

Ele projetou que o(a) candidato(a) que fizer 22% dos votos vai estar no segundo turno, pois dificilmente alguém vencerá essa disputa em apenas um turno. “Com relação ao Beto Pereira (PSDB), eu acredito que ele deve compor com Lucas de Lima (PDT) e com o Pedrossian Neto (PSD) para fortalecer a sua candidatura”, analisou.

A respeito da situação de André, o cientista político disse que a candidatura dele ainda é uma incógnita e, por isso, fez um cenário na pesquisa estimulada sem o ex-governador. “Se ele não sair candidato, a maioria dos votos dele deve migrar Rose e para a Adriane, enquanto o restante vai ser pulverizado, então, os menos beneficiados com a desistência do André, hoje, são Lucas de Lima, Beto Pereira e Pedrossian Neto”, revelou.

O diretor do Grupo Ranking também projetou que Rose Modesto se beneficiaria da desistência de André, ficando muito mais forte. “Agora, se ela também não for candidata, 60% dos votos dela vão para a prefeita”, estimou, lembrando que o eleitor de Campo Grande é um dos mais inteligentes do Brasil e que participa ativamente das eleições.

Sobre a rejeição, Tony Ueno disse que o líder é André Puccinelli, com 25%, seguido por Capitão Contar (PRTB), com 19%. “Essa rejeição do Contar se deve sim muito à participação dele no debate do segundo turno, quando ficou demonstrado que ele tinha pouco conhecimento de uma forma geral. Então, eu sempre digo que quem passa de 15% de rejeição, em uma eleição pulverizada como é Campo Grande, com vários candidatos, vai ter muita dificuldade para chegar ao segundo turno. Fora esses dois, todos os outros têm rejeição baixa e vão dar trabalho, vão disputar bem”, finalizou.

A pesquisa

Encomendada pelo site Diário MS News e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o nº MS-05781/2024, o Instituto Ranking Brasil Inteligência fez uma pesquisa, no período de 26 a 30 de janeiro deste ano, junto a 1.000 moradores em todas as regiões do município de Campo Grande com 16 anos ou mais de idade. A pesquisa tem um intervalo de confiança de 95% e a margem de erro máxima estimada foi de 3,1% para mais ou para menos.

Espontânea

Na espontânea, a liderança é do ex-governador André Puccinelli (MDB), com 12,5% das intenções de voto, tecnicamente empatado com a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 11,4%, e com a atual prefeita Adriane Lopes (PP), com 10,2%. Depois aparecem o deputado estadual Lucas de Lima (PDT), com 6%, o deputado federal Beto Pereira (PSDB-MS), com 5,2%, o ex-deputado estadual Capitão Contar (PRTB), com 2,2%, e o deputado estadual Coronel David (PL), com 2,1%.

Mais atrás estão o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD), com 1,7%, a deputada federal Camila Jara (PT-MS), com 1,3%, e o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), com 0,4%, sendo que 1% dos entrevistados citaram outros nomes e 46% não sabem ou não responderam.

Estimulada 1

Na pesquisa estimulada, o Instituto Ranking Brasil Inteligência fez quatro cenários e no primeiro o líder ainda é o ex-governador André Puccinelli, com 17,4%, tecnicamente empatado com a ex-deputada federal Rose Modesto, com 16%, e com a prefeita Adriane Lopes, com 15,2%. Na segunda parte, aparecem o deputado estadual Lucas de Lima, com 8%, o deputado federal Beto Pereira, com 6,1%, o ex-deputado estadual Capitão Contar, com 4%, e o deputado estadual Coronel David, com 3,8%.

Já na terceira parte da pesquisa, estão o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, com 3,3%, a deputada federal Camila Jara, com 3%, o deputado federal Marcos Pollon, com 0,6%, e o deputado estadual Rafael Tavares (PRTB), com 0,2%, sendo que 22,4% não sabem ou não responderam.

Estimulada 2

No segundo cenário, a líder é a ex-deputada federal Rose Modesto, com 22%, tecnicamente empatada com a prefeita Adriane Lopes, com 20%, enquanto mais atrás estão o deputado estadual Lucas de Lima, com 10,3%, o deputado federal Beto Pereira, com 9,2%, o deputado estadual Coronel David, com 5%, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, com 4,5%, e a deputada federal Camila Jara, com 4%, sendo que 25% não sabem ou não responderam.

Estimulada 3

No terceiro cenário, a líder é a ex-deputada federal Rose Modesto, com 25,6%, tecnicamente empatada com a prefeita Adriane Lopes, com 23,5%, enquanto mais atrás estão o deputado federal Beto Pereira, com 11,4%, o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto, com 7,2%, e a deputada federal Camila Jara, com 6,3%, sendo que 26% não sabem ou não responderam.

Estimulada 4

No quarto e último cenário, a líder é a prefeita Adriane Lopes, com 27,3%, tecnicamente empatada com a ex-deputada federal Rose Modesto, com 26,2%, enquanto em terceiro lugar aparece o deputado federal Beto Pereira, com 13,8%, sendo que 32,7% não sabem ou não responderam.

Rejeição estimulada

Na pesquisa de rejeição, o líder é André Puccinelli, com 25,2%, seguido pelo Capitão Contar, com 19%, Camila Jara, com 7,3%, Rafael Tavares, com 6,2%, Adriane Lopes, com 5%, Marcos Pollon, com 4,1%, Coronel David, com 3,4%, Beto Pereira, com 3%, Pedro Pedrossian Neto, com 2,6%, Rose Modesto, com 2,2%, e Lucas de Lima, com 2%, Rodrigo Lins, sendo que 20% não sabem ou não responderam.

Locais pesquisados

Regiões: Central (10%), Segredo (14%), Prosa (10%), Bandeira (15%), Anhanduizinho (24%), Lagoa (14%) e Imbirussu (12%). Distritos de Anhandui, Rochedinho e Zona rural (1%).

RANKING BRASIL INTELIGÊNCIA

Contato: (67) 99968-0055 (WhatsApp)

E-mail: [email protected]

www.rankingpesquisa.com.br

Facebook
Twitter
WhatsApp

Leia Também