Campo Grande 122 anos: pesquisa sobre a administração municipal

O Instituto Ranking Brasil ouviu duas mil pessoas com domicílio eleitoral e residencial em todas as regiões urbanas e distritos de Campo Grande entre os dias 17 e 20 deste mês.

Diário MS News

A pesquisa do Instituto Ranking Brasil publicada hoje (21 de agosto) sobre a avaliação política e administrativa do município de Campo Grande mostra que o prefeito Marquinhos Trad tem sua gestão mediana (31% de bom/ótimo contra 30% de ruim/péssimo).

Analisando os índices de aprovação (51%) e desaprovação (49%), ou seja, praticamente empate técnico, fica claro que cristalizou a ideia de que a figura do prefeito é mais bem avaliada do que sua gestão, mesmo com parte expressiva (48%) gostando da cidade e com 54% acreditando que as coisas vão melhorar. Politicamente, acaba mostrando uma administração com muitas fragilidades.

Os níveis de confiabilidade demonstram (28% confia e 26% não confia) que Marquinhos vive no fio da navalha, com elevado índice de indiferença (36%), o que indica que existe uma massa flutuante que poderá, dependendo de seus erros e acertos, melhorar ou piorar sua avaliação conforme os problemas da administração sejam ou não solucionados. E é ai que mora o perigo, pois “os problemas de Campo Grande vem se repetindo desde o início de sua gestão”, conforme pesquisas amplamente divulgadas.

Na pergunta feita pelo Instituto Ranking Brasil sobre quem é considerado o melhor prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad figura em 4º lugar, com um pálido 10%, enquanto André Puccinelli figuram em 1º com 40%, Nelsinho Trad em segundo (23%) e Lúdio Coelho, mesmo tendo sido prefeito há quase 30 anos, num outro momento histórico.

O serviço de transporte coletivo é reprovado, com avaliações de péssimo e ruim por 75% dos campo-grandenses. Apenas 5% o classificam de ótimo ou bom e 12% o definem como regular. Não sabem e não responderam 8%.

A saúde precária é maior alvo das queixas, segundo 30,50% dos entrevistados. Em seguida, com altas pontuações, a falta de emprego (22,35%), o IPTU e as taxas (20%), os ônibus velhos, sujos e caros (14%), os altos valores de água, luz, esgoto e combustível (12,45%), a falta de assistência social (11,55%) e as deficiências do trânsito (10,25%).

No cômputo geral, a administração do prefeito de Campo Grande é de baixa sustentabilidade, sem ter conseguido até o momento consolidar uma marca que fixe na consciência coletiva. A política de comunicação de Marquinho Trad é personalista e valoriza muito mais a pessoa do prefeito em vez de enaltecer os feitos da gestão.

Segundo o cientista político Antonio Ueno, Marquinhos é considerado um administrador esforçado, embora pouco criativo, com uma equipe dispersa, sem expressividade. “O prefeito tem valorizado suas aparições em redes sociais, esquecendo que os meios virtuais funcionam para propaganda imediata, não materializam a imagem nem deixam legado. Será melhor analisar com maior propriedade os elementos do mundo real”.

“Se Marquinhos Trad, por exemplo, renunciar ao mandato para disputar o governo do Estado, esperando ter apoio majoritário da sociedade campo-grandense para apresentar como um ativo eleitoral, ele poderá ter surpresas desagradáveis. Marquinhos não é unanimidade na Capital, mais de 47% dos eleitores não votaram nele em novembro de 2020 e é completamente desconhecido no interior”, disse Ueno.

“Se ele se afastar da prefeitura (renunciar), tudo que ele fez nos últimos 5 anos será esquecido em pouco tempo, com o protagonismo assumido de imediato por quem substituí-lo. O caminho do ostracismo tem mão única”, finalizou Ueno.

Metodologia da pesquisa

O Instituto Ranking Brasil ouviu duas mil pessoas com domicílio eleitoral e residencial em todas as regiões urbanas e distritos de Campo Grande entre os dias 17 e 20 deste mês. O intervalo de confiança é de 95% e a margem máxima de erro de 2,50%, para mais ou para menos.

A pesquisa completa com o quadro geral de avaliação das principais questões do município de Campo Grande pode ser acompanhada no link abaixo:

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